Debater artigos científicos é uma prática que valorizamos aqui no Cirklo. Além de contribuir para o desenvolvimento de um raciocínio clínico cada vez mais avançado, também é uma forma inteligente de se manter atualizado.
O tema de hoje é o artigo “The immediate effects of foam roller with vibration on hamstring flexibility and jump performance in healthy adults” publicado por Jae-Heon Lim and Chi-Bok Park. E neste link você acessa o estudo na íntegra http://bit.ly/CirkloArt01
Foam roller é um assunto que vem ganhando relevância porque o rolo sem vibração já é bastante utilizado antes da atividade física, como uma forma de aquecimento, e também depois do exercício, no recovery. No entanto, a combinação entre rolamento e vibração ainda é pouco utilizada no Brasil e já estão surgindo estudos que comparam as duas alternativas.
Neste artigo, por exemplo, Lim e Park apresentam um ensaio clínico randomizado com o objetivo de determinar qual o impacto da aplicação do foam roller com vibração na flexibilidade dos músculos isquiotibiais e no desenvolvimento do salto em adultos jovens.
Vinte voluntários selecionados de acordo com os critérios do estudo foram separados aleatoriamente em dois grupos. Ambos foram expostos a aplicação do foam roller em sessões de 10min nos isquiotibiais, sendo que em um grupo foi utilizado o foam roller com vibração de 32Hz e no outro o sem vibração.
Antes e imediatamente após a sessão os dois grupos realizaram testes de elevação da perna estendida (ASLR) ativa na posição supina, teste de extensão ativa do joelho (AKE) na posição sentada e o salto vertical para medir a flexibilidade dos isquiotibiais.
O resultado deste estudo apresentou diferenças no aumento da flexibilidade dos isquiotibiais somente com a aplicação do foam roller com vibração, demonstrando que ele foi mais eficaz. Não foi possível observar esta diferença no salto vertical.
Para nós do Cirklo, a relevância deste debate está na inclusão da vibração na abordagem da fáscia, pensando nos receptores de Pacini. No entanto, lembramos que esta vibração não pode ser excessiva, afinal, se isso acontecer o corpo pode até reconhecer como uma agressão e a resposta pode ser diferente da esperada.
- E você? Qual a sua opinião?
- Você usa foam roller na sua prática clínica?
- Com que velocidade e em que momento do atendimento?
Para continuar o desenvolvimento do nosso raciocínio clínico, pense um pouco sobre estas questões. E se tiver dúvidas sobre o assunto, deixe seu comentário. Será um prazer continuar a conversa!
