Fisioterapia

Dor no Ombro e Coluna Cervicotorácica

By 15 de maio de 2017 No Comments
Dor no Ombro

Como escolher a intervenção para utilizar em indivíduos com dor no ombro? Com a prática clínica, passamos a ter um feeling aguçado e já temos uma ideia de que, conforme o perfil ou as características do paciente e da disfunção que ele tem, vamos usar o tratamento “X ou Y”.

A percepção do fisioterapeuta e sua experiência clínica são fundamentais. No entanto, para alguns, podem parecer argumentos empíricos. Podemos utilizar achados da literatura para nos auxiliar com as escolhas dos tratamentos de nossos pacientes.

Sabe-se que a coluna cervicotorácica influencia diretamente na qualidade do movimento e na função do ombro. E que, ao avaliar um paciente com queixas no ombro, devemos avaliar também a região cervicotorácica.

Podemos utilizar uma regra de predição clínica para guiar  as nossas decisões (MINTKEN et al., 2009).  Os autores descrevem as características clínicas, que podem ser detectadas na avaliação, que nos levariam a escolher a intervenção para utilizarmos em indivíduos com dor no ombro.

São elas:

  1. Flexão ativa do ombro  < 127 ° , sem dor.
  2. Rotação interna de ombro < 53 °.
  3. Teste de NEER negativo.
  4. Não estar tomando medicação para dor no ombro.
  5. Duração dos sintomas < 90 dias.

A presença de pelo menos 3 destas características indica uma probabilidade moderada de percepção de melhora global, redução na incapacidade no ombro e aumento da amplitude de movimento com Terapia Manual e exercícios direcionados para a região cervicotorácica em  2 atendimentos com um intervalo de 4-8 dias cada.

¹ Mintken PE, Cleland JA, Carpenter KJ, Bieniek ML, Keirns M, Whitman JM. Identifying prognostic factors for successful short-term outcomes in individuals with shoulder pain receiving cervicothoracic manipulation. Phys Ther. 2009; In Press

Professora Fabiana Cristina da Silva

Fisioterapeuta formada pelo Centro Universitário Metodista IPA e Mestre em Epidemiologia, Professora do Curso de Fisioterapia do IPA. Aperfeiçoamento em Terapia Manual na Austrália, Especialista em Cinesiologia, Formação nos Conceitos Mackenzie (MDT), Mulligan Maitland, Dry Needling, Liberação Miofascial, Liberação Neural entre outros. Membro da SONAFE, Abrafito e Fascia Research Society.

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